Grupos de defesa dos direitos civis, sindicatos e organizações políticas realizaram uma entrevista à imprensa dia 20 de julho, diante da catedral de Myeongdong, para manifestar seu repúdio à repressão das minorias sociais.
As autoridades anunciaram que intensificariam a repressão aos trabalhadores estrangeiros não registrados até agosto, como parte das medidas de segurança para a conferência. Durante o protesto, as entidades repudiaram a tentativa do governo de tratar os imigrantes como possíveis terroristas.
O líder do Sindicato dos Migrantes, o filipino Michel, declarou que o governo deveria proteger minorias como os trabalhadores de outros países, vendedores ambulantes e os sem-teto. “O governo sul-coreano está usando a conferência do G-20 como desculpa para investir contra as minorias”, denunciou. “Queremos que o governo ponha fim aos ataques. Chega de opressão!”.
Lee Young, secretário executivo do Comitê Conjunto para os Trabalhadores Imigrantes da Coreia, afirmou por sua vez que o governo considera os socialmente excluídos como criminosos em potencial, pretendendo expulsá-los em nome da reunião do G-20.
“Se a Coreia quer ser uma verdadeira sociedade multicultural, deveria criar redes de proteção social mais sólidas e promover a integração social. O governo, ao invés, está incentivando o conflito social, e não a unificação”, ressaltou.
A Ação Sem-Teto e a Confederação dos Vendedores Ambulantes da Coreia também participaram do protesto. Após o ato, os manifestantes percorreram as ruas próximas distribuindo um panfleto contra os planos governamentais.
Uma das pessoas que recebeu o panfleto disse ser “muito ignorante” a respeito da conferência. “Não sabia que o governo queria expulsar essas pessoas do país para hospedar a reunião. Não entendi o motivo dos protestos contra o G-20 em Pittsburgh, no ano passado. Mas agora percebo o lado negro dessa conferência”.
Tradução: Dilair Aguiar
Fonte: Korea Times (http://blog.jinbo.net/CINA/?pid=2223)
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