Mbulu salientou que embora a Zâmbia necessite atrair investidores para o setor de mineração, o governo do país não está levando em conta a questão da credibilidade e o bem-estar dos trabalhadores.
“Se carecemos de ideias sobre como extrair nosso cobre, é melhor que ele permaneça no solo para que nossos filhos possam vir a aproveitá-lo. Se a Vale desrespeita os direitos dos trabalhadores no Canadá, país do primeiro mundo, o que não aconteceria na Zâmbia?”.
Referindo-se à longa paralisação dos trabalhadores canadenses da Vale, o presidente do MUZ advertiu que “nossos camaradas do United Steel Workers ficaram em greve por 12 meses e a Vale manteve-se intransigente”. O sindicato também enviou uma mensagem ao governo zambiano, na qual apresenta suas objeções ao investimento da empresa brasileira.
A Vale não se pronunciou sobre a declaração de Mbulu. No início de julho, o diretor executivo da companhia, Eduard Ledsham, informou que a Vale investiria cerca de US$ 400 milhões para desenvolver a mina de Konkola, com uma produção de 50 mil toneladas métricas de cobre por ano. As obras devem começar em setembro.
A Zâmbia, maior produtor de cobre da África, registrou uma forte alta nos investimentos em seu setor de mineração desde 2006, quando os preços desse metal começaram a subir. A produção de cobre do país deve atingir 1 milhão de toneladas em 2011, contra 700 mil toneladas em 2009.
Tradução: Dilair Aguiar
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