Os operários da Çel-mer se filiaram ao sindicato no início de junho. Em represália às atividades sindicais, a companhia demitiu 12 trabalhadores, mas estes iniciaram um protesto diante da fábrica, sendo readmitidos a 29 de junho.
No entanto, ao invés de iniciar negociações para a assinatura de um primeiro contrato coletivo, a empresa continuou pressionando os trabalhadores para que renunciassem ao sindicato. Como eles se negaram a abandonar o Birlesik Metal IS e mantiveram as reivindicações de reconhecimento da entidade e de negociação coletiva, a Çel-mer dispensou mais 23 operários a 16 de julho.
No dia seguinte, os demitidos iniciaram um protesto diante da empresa, mas esta se manteve intransigente. A 2 de agosto, os 23 voltaram a entrar na fábrica e todos os operários tomaram a unidade, ocupando inclusive o principal guindaste. Familiares e sindicalistas montaram barracas diante do local. A empresa chamou a polícia, que se mobilizou em torno do perímetro.
A ocupação da torre de 12 metros chamou a atenção dentro e fora da Turquia. Durante o tenso período no qual os operários ficaram cercados pela polícia, organizações locais, entre elas o sindicato dos trabalhadores em transportes (TUMTIS), e outras internacionais, como a Federação Internacional dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas (FITIM), enviaram delegações para solidarizar-se com a ocupação.
Após a conclusão do acordo, os vitoriosos trabalhadores da Çel-mer desceram do guindaste e desocuparam a fábrica, exclamando: “o direito de sindicalização não pode ser impedido!”.
Tradução: Dilair Aguiar
Fonte: FITIM (http://www.imfmetal.org/index.cfm?c=23750&ol=2)
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